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domingo, 9 de dezembro de 2012

Neurociência para combater os babacas de League of Legends


League of Legends pode ser até um dos jogos mais importantes no mundo dos e-sports, mas não está livre de problemas. O principal deles é o fato de que a sua comunidade é hostil e cheia de babacas anti-sociais.

Mas isso é algo que a produtora Riot Games está tentando resolver. De acordo com o produtor Travis George, em entrevista ao site Gamasutra, eles estão adotando uma nova estratégia para isso.

“Na verdade nós construímos uma equipe para esse fim”, ele diz. “Nós a chamamos, carinhosamente, de PB&J Team, que significa “Player Behavior & Justice Team. ["Equipe de Justice e Comportamento de Jogador", provavelmente um trocadilho com "Peanut Butter & Jelly", o famoso sanduíche de geleia com manteiga de amendoim] E há várias pessoas realmente talentosas na equipe, incluindo dois PhDs. Um é um neurocientista cognitivo e outro é um psicólogo comportamental”.

“Na verdade nós desenvolvemos linhas específicas e nosso próprio conjunto de métricas, que analisamos para medir a porcentagem de vezes que achamos que os jogadores vão encontrar uma experiência negativa em uma partida, e quão severa essa experiência negativa será”, continua George. “E aí temos que construir coisas ou dar respostas rápidas ou nos comunicarmos com a comunidade de um jeito específico para resolver esses problemas. Esse vai ser um grande foco para nós”.

Fonte: Kotaku

2 comentários:

  1. Acredito que a grande questão do LOL é ele ser "viciante". O fato de alguns da comunidade apresentar comportamento hostil e anti-social é apenas o reflexo da clausura que prende os gamers mais fanáticos. Muitos abandonam os estudos, o trabalho, os amigos (não virtuais), hábitos básicos como fazer as refeições diárias e até mesmo hábitos de higiene como o banho. A vida passa a ser o jogo e o objetivo é ter mais e mais vitórias.

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  2. FOLHA DE S.PAULO - Ciência
    02/09/2012 - 05h00
    'Viciados' em jogos preocupam pais e psicólogos

    MARIANA VERSOLATO
    DE SÃO PAULO

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    Jogos de RPG on-line estão criando uma legião de adolescentes dependentes e levando à especialização do atendimento psicológico e psiquiátrico no Brasil.

    Fenômeno recente, esse tipo de vício fez também com que clínicas para dependências químicas (como álcool e tabagismo) se adaptassem para tratar a nova patologia.

    A Associação Americana de Psiquiatria chegou a considerar a inclusão do vício em videogames na nova e quinta versão do DSM (Manual de Diagnósticos e Estatísticas), mas decidiu que ainda não há evidências suficientes.

    Não é raro, porém, que psiquiatras e psicólogos se deparem com casos de adolescentes e adultos jovens com graves consequências em suas vidas por causa do uso excessivo dos jogos. Pesquisas também mostram semelhanças entre os jogos on-line e os de azar, como bingos.

    Entre os jogos de videogame, aqueles que têm o maior potencial de criar dependência são conhecidos como MMORPG ("massively multiplayer online roleplaying game"). Traduzindo: diversos participantes se aventuram em desafios e simulações de guerras (para citar um dos cenários do RPG) de forma intensa, por muitas horas ou até dias seguidos.

    O poder viciante desses jogos tem a ver com suas características: não há "game over"; o sucesso depende das horas investidas; e os desafios requerem um grupo de jogadores (para lutar contra o próprio jogo ou contra outras equipes), o que os torna responsáveis pelo time e os desestimula a deixá-lo.

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